quarta-feira, 29 de julho de 2009

Análise: NOVOS LANÇAMENTOS TAILANDESES



Acabo de assistir 3 filmes tailandeses recentes: O Último Desafio, 13 Desafios e Chocolate. Comentarei brevemente cada um deles:

O Último Desafio



É um filme de ação e comédia sobre um jovem recém-saído da prisão que trabalha em uma lanchonete com o cunhado (irmão de sua esposa falecida) e que é forçado a roubar informações de uma empresa de cartões de crédito. Ao serem perseguidos pela gangue, têm que lutar para escapar. As coreografias das lutas são um pouco diferentes da pancadaria hardcore à qual estamos acostumados, como as lutas de Tony Jaa, pois são mais parecidas com o estilo de Jackie Chan, mais desajeitadas e improvisadas, além de mais bem-humoradas. É divertido, movimentado e com algumas reviravoltas, mas não é nenhum filme de ação do calibre de Ong Bak ou O Protetor. Curiosamente, a capa mostra em primeiro plano um ator que nem parece participar do filme, pois ele não é o protagonista (o que está ao lado dele, em segundo plano, que é o ator principal)!


13 Desafios



Este filme, produzido pela mesma equipe de Ong Bak e cia, inova por não ser um filme de pancadaria: é um suspense tenso e imprevisível. Pruchit é um sujeito azarado que foi largado pela namorada, está devendo no banco e acaba de ser despedido! Ao receber uma ligação, ele tem a chance de ganhar 100 milhões (moeda local), participando de uma espécie de reality show on line: tudo o que tem que fazer é realizar os tais 13 desafios do título, todos bizarros e aparentemente relacionados com seu passado. Apesar dos furos no roteiro e do final mal-contado (apesar de inesperado), o filme prende a atenção. A curiosidade mais engraçada é que já quase no final, quando a colega de Pruchit pede o carro emprestado à irmã, esta fala com voz de homem na versão dublada em português, sendo que não parece um traveco! Estranho, não? Não consegui entender o porquê disso...
Chocolate
Este dispensa apresentações. Já comentado de maneira sucinta em um post anterior, este é um filme que entrega justamente o que se espera dele: ação e pancadaria hardcore, de dar pena dos dublês! Jeeja Yanin é a protagonista, uma garota autista filha de um membro da yakuza e de uma ex-membro da máfia tailandesa. Viciada em chocolate e dona de uma memória fotográfica, ela aprende a lutar assistindo a filmes de pancadaria (principalmente a Ong Bak, uma referência mais que explícita). Ela e seu amigo de infância acham uma caderneta com uma relação de pessoas que deviam dinheiro à sua mãe, o que vem bem a calhar quando esta fica doente e precisa custear seu caro tratamento. Eles decidem realizar as cobranças, o que justifica as cenas de luta mais insanas do ano! O clímax no restaurante japonês e na beirada de um prédio, é de cair o queixo! É impressionante como a câmera mostra os dublês caindo do prédio, batendo nos parapeitos e placas e atingindo o chão, sem cortes! Durante os créditos finais, cenas parecidas com as que aparecem nos finais dos filmes de Jackie Chan, mostrando como os atores e dublês se machucaram ao realizar as proezas. Simplesmente espetacular!
RESUMO DA SESSÃO TRIPLA: O Último Desafio e 13 Desafios são divertidos mas irregulares, embora seja louvável a tentativa dos produtores em realizar filmes diferentes das produções de pancadaria que fizeram sucesso nos últimos anos. Nesse quesito se encaixa Chocolate, que embora não inove em nada o gênero (a não ser a estréia de sua protagonista, que deve estrelar várias produções daqui pra frente), consegue superar as expectativas, entregando cenas de ação e coreografias empolgantes, mesmo pra quem já conhece o estilo de Tony Jaa e Dan Chupong. Nota 6 para os dois primeiros e 8,5 para Jeeja Yanin!

domingo, 26 de julho de 2009

Análise: O FAIXA PRETA

O Faixa Preta (Black Belt/Kuro-Obi, 2007) é um filme japonês sobre a nobre arte do karatê. Ambientado nos anos 30, conta a história de três homens, Taikan, Giryu e Choei, que treinam karatê num dojo isolado sob os ensinamentos do mestre Shibahara. Quando a polícia militar requisita a área do dojo, uma série de acontecimentos faz com que os três discípulos tomem caminhos diferentes. O destaque do filme não são as lutas, mas a filosofia da arte marcial. O mestre ensina que o karatê deve ser apenas defensivo, priorizando o uso das mãos, em detrimento dos pés. Um dos alunos desafia esta filosofia, ensinando um estilo mais agressivo, enquanto outro resolve não trair os ensinamentos do sensei. É claro que o clímax é o combate entre os dois, sendo que o vencedor receberá o direito de liderar o estilo Shibahara, simbolizado por uma surrada faixa preta do mestre.
O filme é carregado de sentimentos característicos não apenas do karatê, mas da própria filmografia japonesa, como disciplina, retidão, compromisso e respeito à tradição. Enfim, um filme muito bom! Os fãs da pancadaria tradicional podem estranhar, pois ao contrário dos filmes de kung fu e dos recentes filmes tailandeses, as lutas de O Faixa Preta são muito curtas e rápidas, às vezes finalizadas com um único e fulminante golpe! Isto não surpreende quem, como eu, já praticou algum estilo tradicional de karatê. Pelos katás (aliás, muito bem executados), parece que o estilo mostrado no filme é o Goju-ryu (o estilo que eu pratiquei), mas não tenho certeza.



O DVD nacional (Europa Filmes) não tem nenhum extra, a não ser uma versão mp4, mas a embalagem é belíssima, com luva externa e contra-capa interna. Eu recomendo - já está entre os meus favoritos!

SATISFAÇÕES PARA OS VISITANTES

Pessoal, fiquei um tempo sem postar nada porque eu estava fazendo um curso muito intensivo durante o mês de junho e julho, mas agora devo atualizar o blog de maneira mais frequente, ok? Aguardem!