terça-feira, 27 de julho de 2010

O CUBO MÁGICO E SUA INFLUÊNCIA NA CULTURA POP

Hoje vou fugir um pouco dos assuntos mais comentados no blog. Ou não, já que o assunto primordial do blog não é apenas a cultura pop em geral, mas principalmente a cultura nerd, e não tem nada mais nerd do que esse assunto! Um dos maiores ícones dos anos 80, o Cubo de Rubik ou Cubo Mágico (como ficou mais conhecido no Brasil) é, ao lado dos bloquinhos Lego, simplesmente o brinquedo mais popular do planeta (já foram vendidas mais de 250 milhões de unidades). Ele foi criado em 1974 pelo húngaro Erno Rubik, e vendido comercialmente a partir de 1978. Nos anos 80, virou uma febre mundial, e até hoje existem milhões de entusiastas espalhados pelo mundo (incluindo este blogueiro que vos fala).
O número de combinações possíveis no brinquedinho é superior a 43 quintilhões! Claro que ele virou um dos maiores passatempos nerd: de posse de algumas fórmulas (também chamadas de algoritmos), cubers de todo o planeta tentam quebrar recordes de tempo. Para efeito de comparação: eu monto um cubo em um tempo de 3 a 5 minutos (tempinho até razoável para qualquer ser humano normal), mas alguns o resolvem em menos de 20 segundos! O recorde sul-americano está ao redor de 11 segundos, e o mundial é de 7 segundos!!! Achou incrível? Que tal resolver um cubo de olhos vendados? Ou com uma só mão? Ou pulando de para-quedas? É, tem gente precisando urgentemente de namorada...




Com o tempo, surgiram inúmeras variações do cubo. Além do tradicional, também chamado 3x3x3, temos o 2x2x2, o 4x4x4, o 5x5x5, e por aí vai, até um casca-grossa 11x11x11! Você pode até achar cubos para cegos, como o Braille-cube e o Touch cube, este com texturas diferentes em cada face!

Atualmente existem vários sites sobre o assunto, onde podemos visualizar inúmeras versões do brinquedo, de todas as formas possíveis, além de informações como fórmulas para resolução, recordes, curiosidades, etc. Um dos que eu mais gosto é o Cubo Velocidade (http://www.cubovelocidade.com.br/), do Renan Cerpe, um dos recordistas brasileiros de tempo. Confira e pire com a coleção dele!
O humor também faz parte do cubo mágico. Duvida? Veja então a "resolução ultra-rápida" do cubo, e morra de rir com duas versões do "cubo mágico para louras". Hahaha! É, eu sei que é maldade, mas que é engraçado, isso é!

O cubo já foi objeto de vários desocupados. Veja a reprodução de "A Última Ceia", de Da Vinci, feita com cubos! Ficou com fome? Que tal um "cuboíche"? Garanto que a sua taxa de colesterol vai triplicar numa única mordida...


Sendo um brinquedo tão popular e facilmente reconhecido no mundo todo, é natural que ele já tenha parecido em praticamente todas as mídias, como histórias em quadrinhos e filmes (mais recentemente, no filme "À Procura da Felicidade", o personagem de Will Smith resolve o cubo para impressionar seu futuro chefe - o DVD do filme apresenta um documentário sobre o cubo).


É impressionante como um brinquedinho aparentemente simples tenha se transformado em um verdadeiro fenômeno, estando hoje tão popular quanto na época de seu lançamento! Aposto que você ficou com vontade de procurar aquele seu cubo velho em algum baú, para tentar resolvê-lo novamente, não é? Ou então, se você ainda não tem o seu, procure na web que existem vários sites para você comprar o seu. Dê preferência a um cubo original, mas se não der, em qualquer loja de R$1,99 você encontra! Boa sorte!

sábado, 10 de julho de 2010

Análise: MISSÃO QUASE IMPOSSÍVEL


No último post, falei sobre Little Big Soldier, um filme de Jackie Chan que ainda não foi lançado por aqui. Dos filmes de Chan programados para 2010, só Missão Quase Impossível já foi lançado por aqui. Não pude conferir nos cinemas, e achei que demoraria um pouco para o lançamento em DVD. Qual não foi minha surpresa quando o vi na locadora que frequento!

Missão Quase Impossível é uma comédia para toda a família. Lembra muito Operação Babá, com Vin Diesel e outros que outro brucutu, The Rock, anda fazendo (Treinando com o Papai, O Fada do Dente). Ou seja, segue a clássica fórmula do herói casca-grossa que perde o rebolado quando tem que lidar com um bando de crianças. Tudo previsível, ainda que divertido.

Chan é Bob 006 (gozação em cima de adivinhe quem), um super-espião a serviço da CIA que se aposenta para viver tranquilo com Gillian, sua namorada e vizinha (Amber Valetta). Entretanto, Bob tem dois problemas: os filhos da namorada o odeiam e o vilão preso por ele em seu último trabalho foge da prisão. Quando Gillian precisa viajar, Bob se oferece para cuidar das crianças (a caçula pentelha, o filho do meio com baixa auto-estima e a mais velha, uma adolescente cheia de rebeldia). É claro que inicialmente as crianças infernizam a vida de Bob e depois são conquistadas; é claro que o tal bandido vai atrás de Bob e as crianças passam a correr perigo; e é claro que tudo acaba bem no final.

As lutas têm todas as características de Jackie Chan, mas estão todas suavizadas, condizentes com o tom infantil/familiar do filme. O elenco é inspirado, principalmente quem tem filhos pequenos e está familiarizado com os programas favoritos da garotada. Um dos colegas de Chan é Billy Ray Cyrus, o pai de Hannah Montana (Miley Cyrus) e o vilão principal é Magnus Scheving, campeão de ginástica olímpica da Islândia e protagonista do programa Lazy Town, do canal a cabo Discovery Kids. Quem já o viu no programa sabe que sua performance com Chan poderia ser mais atlética e mirabolante, mas preferiu-se uma abordagem mais cômica.

O filme segue o tom mais leve dos filmes americanos de Jackie. Tomara que com Karate Kid ele pegue mais pesado (o trailer promete).

Algumas curiosidades: no início do filme, ao som de "Secret Agent Man", passam algumas cenas de filmes antigos de Jackie, como uma "retrospectiva" de sua vida de espião. As cenas são de vários filmes, principalmente Armadura de Deus e Operação Condor. Além disso, Chan troca alguns beijinhos com a gatíssima ex-modelo Amber Valetta, coisa rara em seus filmes (tão raro que o assunto já inspirou até um artigo interessante em um dos primeiros posts do blog Asian Fury, do amigo Takeo Murayama).

Até a próxima!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Análise: LITTLE BIG SOLDIER


Mais prolífico do que nunca, Jackie Chan programou nada menos do que 3 filmes para 2010! Missão Quase Impossível (The Spy Next Door), uma comédia familiar na linha de Operação Babá (com Vin Diesel), foi lançado no Brasil no primeiro semestre, mas não pude conferir (agora, só em DVD). O mais esperado deles, a nova versão de Karate Kid, só em agosto. O terceiro filme é justamente o que vou comentar agora, e ainda não tem previsão de lançamento por aqui (foi lançado em fevereiro na China).
Little Big Soldier é uma história de guerra situada antes da unificação da China pelo império Qin. Depois de uma sangrenta batalha entre duas nações rivais, Liang e Wei, restam apenas dois sobreviventes: um soldado de Liang (Jackie Chan), desertor e trambiqueiro, cujo maior interesse é parar de lutar e viver em paz; e um General de Wei (Wang Lee Hom), um habilidoso guerreiro ferido no conflito. Jackie o faz prisioneiro e pretende levá-lo para Liang para receber uma recompensa pela sua captura, que lhe permitirá ter sua própria fazenda. É claro que o prisioneiro oferece resistência, e tenta fugir a todo momento.
Além de lutarem entre si, os dois ainda têm que fugir de um jovem príncipe que quer matar o general (o motivo só é revelado no final, embora seja manjado desde o início), e de guerreiros nômades que se interpõem no caminho. Com a convivência, Chan e o general precisam aprender a unir forças, e ambos aprendem importantes lições. As lutas não são o grande destaque do filme (apesar de terem o toque de Chan, estão mais comedidas do que de costume). O ponto mais interessante é a dinâmica entre os dois protagonistas, que têm visões bem diferentes sobre o significado de patriotismo, guerra e honra. O final, um pouco trágico, marca bem a mudança de postura dos dois em busca de redenção.
Particularmente, achei regular, pois espero mais de Jackie Chan. Mas, sabe como é, fã é fã...