quinta-feira, 19 de julho de 2018

FOGO E AÇO: A História em Quadrinhos que Ninguém Nunca Leu

Se você nunca ouviu falar de FOGO E AÇO, uma história em quadrinhos de ação, fantasia medieval e ficção científica, você não é o único. Aliás, ninguém nunca ouviu falar... Ela simplesmente nunca foi publicada! Mas ela (e a história de sua criação) é tão interessante que merece ser contada. Ou não, mas como o blog é meu (rsrsrs), lá vai...



Eu criei FOGO E AÇO quando era adolescente, ainda na faculdade, há mais de 20 anos. Sempre gostei de desenhar (o que não quer dizer que desenhava bem, rsrsrs), mas até aquele momento eu só tinha conseguido criar 2 histórias razoavelmente grandes, envolvendo um policial típico dos filmes de ação dos anos 80 (Máquina Mortífera, Duro de Matar, os primeiros filmes de Steven Seagal) com tiros, perseguições e pitadas de artes marciais (influências de filmes de ninja, Karate Kid, Bruce Lee, etc).

Dezenas de rascunhos e histórias inacabadas depois, eu desenhei, em um momento de inspiração, um anão guerreiro de barba e cota de malha. Hoje é fácil pensar em um personagem assim, mas naquela época um filme baseado em O Senhor do Anéis ou O Hobbit era impensável. Assim, eu não conhecia Gimli ou qualquer outro personagem de Tolkien: minha inspiração veio de um velho game chamado Golden Axe (para fliperama e Mega Drive), embora eu já conhecesse o mundo dos jogos de RPG, especialmente Dungeons and Dragons.

O rascunho que deu origem a FOGO E AÇO

Como gostei muito daquele desenho, pensei em uma história para o personagem. O título foi baseado em Fogo e Gelo, uma obscura animação de Ralph Bakshi.

Dividi a história em 3 atos. O primeiro mostra um mundo de fantasia medieval baseado nos filmes que eu curtia nos anos 80, como Conan, Krull, Willow, O Feitiço de Áquila, A Lenda e o desenho Caverna do Dragão.
O segundo ato envolve uma viagem no tempo e um futuro pós-apocalíptico em que destruição e tecnologia convivem juntos, como em O Exterminador do Futuro, Akira e Blade Runner; em especial este último, já que o visual do outro protagonista havia sido claramente inspirado no Deckard de Harrison Ford.


O terceiro e último ato retorna ao passado para o clímax envolvendo os dois personagens contra o grande inimigo e um plot twist que é a chave para a vitória. Tudo que naquela época, há mais de 2 décadas, já era clichê... 

Embora nunca tenha sido um grande desenhista (só fazia para me divertir), muitos artistas importantes cujos gibis eu lia avidamente na época me influenciaram, principalmente Frank Miller, George Pérez e John Byrne. Além disso, em toda a história fica evidente a presença dos elementos que marcaram todas as minhas histórias, rascunhos e ideias: sequências de ação cinematográficas, onomatopéias americanizadas, ausência de personagens femininas (até hoje não sei desenhar mulheres - todas ficam parecendo travestis, rsrsrs) e as lutas envolvendo algum golpe ou fundamento de artes marciais.

Apesar de nunca ter sido publicada, tenho muito orgulho dessa história. Levei mais de 3 anos (entre 1996 e 1999) para concluir as 27 páginas e tive apenas um único leitor e fã: meu filho, que se apossou e leu a história, quase 20 anos depois... Acho que valeu a pena!


POR HOJE É SÓ! ATÉ A PRÓXIMA!

P.S.: algum dia crio coragem e disponibilizo a história para download... Quem sabe um dia...

sexta-feira, 6 de julho de 2018

Sessão Gepeto: LOBO DE PRATA vs. MERCURIUM


Hoje na nossa querida Sessão Gepeto, em que eu apresento action figures exclusivas customizadas por mim, vou mostrar não apenas 1, mas 2 bonecos. O da esquerda eu batizei de Lobo de Prata e o seu arqui-inimigo cromado eu chamei de Mercurium. 


 Para fazer o Lobo de Prata, utilizei como base o Taskmaster da Marvel Legends da série Capitão América cuja peça B.A.F. é a cabeça do Caveira Vermelha.


 Troquei a cabeça por uma do Ronin que era o rosto de Clint Barton. Incluí o nunchaku do Ronin e duas shurikens da Tartarugas Ninja da Neca. 


Pintei a roupa de preto, mantendo os braços e pernas com a armadura prateada. Pintei também o escudo, colocando como emblema uma espécie de garra (de lobo), que emula levemente o símbolo Yin-Yang. Além disso, modifiquei o capuz, pintando de preto e acrescentando orelhas de lobo e duas presas com massa epóxi.


Já para o Mercurium, usei o Toxina, da série Spider-Man da Marvel Legends. Ele veio com a cabeça do Green Goblin (versão Ultimate) e a peça de fogo das suas costas.


Troquei a cabeça pela do Caveira Vermelha que veio com o Taskmaster e acrescentei a peça de fogo das costas e alguns tentáculos de massa epóxi. Depois foi só finalizar com tinta prateada no corpo todo.


Agora é só colocar os dois frente a frente! Criei até um background para os dois personagens: Lobo de Prata é Peter Wolfgang, um analista de uma agência secreta que é promovido a agente de campo quando um soldado renegado, ao testar um traje de combate, modifica sua estrutura molecular e se torna o vilão Mercurium. Para combatê-lo, Wolf (codinome de Peter na agência) utiliza o Projeto Lobo de Prata, criado para equipar soldados e agentes em situações de risco extremo. Os equipamentos incluem um traje de kevlar; uma armadura resistente a ambientes tóxicos, corrosivos ou radioativos; um escudo; um nunchaku indestrutível e uma espada de plasma. Esta será a base de uma futura história em quadrinhos envolvendo os dois personagens, que estou desenvolvendo junto com meu filho e que será tema de um futuro post. O que acharam?

Por hoje é só! Até a próxima!