terça-feira, 18 de junho de 2013

CY-GOR 2 SPECIAL BOXED EDITION: uma busca de 14 anos!



A mais nova integrante da minha coleção de action figures é uma figura que eu desejava há quase 15 anos! Em 1999, em uma visita a uma loja de brinquedos, deparei-me com uma caixa contendo uma figura com um nível de detalhe até então inédito (pelo menos para mim na época): tratava-se do CY-GOR 2 SPECIAL BOXED EDITION! Lançada no ano anterior, era a segunda versão do personagem Cy-Gor.

A primeira versão de Cy-Gor foi lançada na série 4, de 1996, quando a linha ainda era direcionada para o público infantil, daí a escultura mais simples, ainda que bem-feita e mais detalhada do que a média dos brinquedos da época. Na série 12, já voltada para o público um pouco mais velho, Cy-Gor retorna em uma versão arrasadora, dessa vez na edição especial de caixa, uma tendência já tradicional das séries. Muito mais detalhada, a escultura era (e ainda é) impressionante, com uma surpresa: o peito podia ser removido, revelando um chimpanzé-robô! 


Ao longo dos anos, mais duas versões foram lançadas. Na série 26 (The Art of Spawn), um diorama reproduzia a capa da revista em que Spawn enfrentava Cy-Gor pela primeira vez (curiosamente, essa imagem estampava a caixa da série 12). Já na série 30 (The Adventures of Spawn), Cy-Gor veio em uma versão mais estilizada, já que essa série tinha um perfil baseado em desenho animado. Particularmente, não gostei desta série, já que gosto das figuras mais realistas.



Voltando ao ano de 1999, quando voltei para comprar o boneco, este já havia sido vendido! Procurei em outros lugares (até em outras cidades), mas infelizmente não consegui comprá-lo. Mesmo com a Internet, tentei comprar um exemplar ao longo dos anos mas sempre acontecia alguma coisa que me impedia, até que, após algum tempo, chegou a um ponto em que já não o encontrava nem na net. Entretanto, há alguns dias, lembrei desse desejo antigo e procurei o produto no Mercado Livre e o encontrei! Assim, após 14 anos de espera, Cy-Gor 2 está finalmente na minha estante! Aliás, ele está em cima da minha mesa de trabalho do escritório, um lugar de honra que, após tanto tempo, ele merece!
Até a próxima!

domingo, 9 de junho de 2013

Crítica: DEPOIS DA TERRA

DEPOIS DA TERRA é um blockbuster de ficção científica estrelado por Will Smith e seu filho, Jaden Smith e dirigido por M.Night Shyamalan. Na verdade é um "pretendente" a blockbuster, já que o filme não foi muito bem de bilheteria nos EUA (arrecadou menos de 30 milhões de dólares em sua estréia; muito pouco para um filme de 130 milhões) e foi malhado pela crítica... Será que foi merecido? Neste fim-de-semana eu fui conferir...

O título é explicado em um didático prólogo. Em um futuro não muito próximo (daqui a 1000 anos), a Terra se tornou inabitável para os humanos devido às guerras e à poluição. Os terráqueos são obrigados a viver em um novo planeta, onde o perigo vem na forma das ursas, gigantescas criaturas que, apesar de cegas, podem literalmente farejar o medo das pessoas. Will Smith é o lendário general Cypher Raige, conhecido como "o fantasma", já que é invisível às ursas, pois não tem medo de nada. Jaden é Kitai, seu filho adolescente, um frustrado aspirante a soldado que vive com o fardo da sombra do pai e do peso de um passado trágico. Depois de anos, Cypher retorna ao lar, para entusiasmo (e apreensão) de Kitai. Estranhos um ao outro, pai e filho têm uma nova chance de estreitar os laços em uma viagem de rotina. Entretanto, uma chuva de meteoros danifica a nave, que faz um pouso de emergência adivinhem onde? Na Terra, claro!


Com o pai ferido, cabe a Kitai a difícil missão de percorrer mais de 100 km até a cauda da espaçonave e ativar um localizador, a única chance de salvamento dos dois. Graças ao seu traje e equipamentos, o pai pode guiar seus passos em tempo real.


A distância é o menor dos problemas. O clima é implacável (as noites são congelantes), e após mais de mil anos, todos os animais da Terra evoluíram como predadores em potencial. Além disso, uma ursa que estava no compartimento de carga da nave também caiu no planeta, e está à solta... Como se não bastasse, pai e filho não têm o melhor dos relacionamentos, e muita coisa precisa ser resolvida entre eles. É claro que a missão vai ser mais difícil do que o esperado. Os recursos e equipamentos de Kitai são limitados e nem sempre ele consegue seguir as instruções de Cypher. À certa altura, Kitai perde o contato com  o pai e tem que se virar sozinho; e nem é spoiler dizer que o clímax é o confronto com a ursa...
Como se pode ver, a história é cheia de clichês já explorados à exaustão, como o jovem herói relutante, o mentor sábio e durão, uma tarefa aparentemente impossível, o acerto de contas em família, etc, além de referências a outros filmes, como Avatar (o guerreiro "controlado" remotamente), Eclipse Mortal (monstros com visão limitada), 10.000 A.C. (a selva cheia de predadores), Star Wars (a conexão entre mestre e aprendiz e uma habilidade que precisa ser "aprendida"), entre outros. O próprio Will Smith foi o autor do roteiro, uma óbvia tentativa de transformar Jaden em astro. Por sinal, um projeto a que Smith se dedica desde 2006, quando estrelou À Procura da Felicidade com o filho e, já como o maior astro do cinema americano, deu uma pausa nas atuações em 2009 para produzir o remake de Karate Kid adivinhem estrelado por quem... Aliás, além do argumento, Will Smith também produziu Depois da Terra, ao lado da mulher (e mãe de Jaden), Jada Pinkett-Smith. Isso é que é cacife...
O filme foi criticado basicamente por 3 motivos. Em primeiro lugar, pelo nepotismo descarado. Em segundo lugar, pela direção de M.Night Shyamalan. O diretor indiano já foi considerado o "novo Spielberg" após o sucesso de O Sexto Sentido, Corpo Fechado, Sinais e A Vila. Porém, após os fracassados A Dama na Água, Fim dos Tempos e O Último Mestre do Ar, parece já haver uma má vontade da crítica americana com o diretor, o que fez com que Depois da Terra fosse classificado como "candidato a bomba" bem antes da estréia. Mas talvez a principal crítica seja a acusação de que o filme seja uma veiculação de idéias da Cientologia, religião criada pelo escritor Ron Hubbard da qual os astros John Travolta e Tom Cruise são apologistas ferrenhos (Will Smith seria um seguidor inconfesso). O conceito de controle do medo e das emoções é uma das bases da religião, mas já foi explorado diversas vezes nos mais variados gêneros do cinema. Outra referência seria o vulcão que serve de cenário para o clímax, já que o principal texto da Cientologia, "A Dianética", tem um vulcão na capa. Pura bobagem, já que 90% de quem vai ver o filme não sabe nada da Cientologia e nem vai querer saber após ver o filme...


Sou um grande fã de Shyamalan; assim considero as críticas injustas. Entretanto, assim como O Último Mestre do Ar, a história do filme não é de sua autoria (apesar de ser co-roteirista), não tendo todas as suas marcas registradas, como a reviravolta final e o suspense de roer as unhas (mas dois elementos presentes em quase todos os seus filmes - medo e família - são a base do longa). 
Quer saber? Quem ignorar todas as críticas que o filme sofreu e encará-lo como um típico filme-pipoca, vai apreciar Depois da Terra como ele realmente é: uma aventura de ficção científica eficiente, divertida e emocionante, com efeitos visuais e ação condizentes com o maior astro do cinema americano.
Podem me jogar pedras, mas eu recomendo!
Até a próxima!