terça-feira, 22 de janeiro de 2019

VIDRO: a Conclusão do Melhor Universo de Super-heróis do Cinema! (Crítica sem Spoilers)


M.Night Shyamalan é um dos poucos diretores que se tornaram uma marca. Além dele, apenas Steven Spielberg, Quentin Tarantino, Martin Scorcese, Clint Eastwood e James Cameron estão no mesmo nível, em que o nome no cartaz do filme ganha tanto destaque quanto os atores. Em toda a sua filmografia, Shyamalan segue a mesma fórmula: roteiros instigantes com uma inesperada reviravolta no final (os famosos plot twists). Corpo Fechado, de 2000, seguia a mesma cartilha, apostando nos filmes de super-heróis antes do gênero virar febre mundial. Fragmentado, de 2017, surpreendeu a todos revelando, na conclusão, que fazia parte do mesmo universo de Corpo Fechado. Assim, VIDRO acaba de ser lançado com a difícil tarefa de fechar a trilogia com o mesmo sucesso de crítica (e público, claro) que os dois filmes anteriores. Será que conseguiu?


O filme se passa logo após os eventos de Fragmentado, com Kevin (James McAvoy) e suas múltiplas personalidades sequestrando um grupo de adolescentes para servirem de sacrifício à Besta, sua mais poderosa e violenta identidade. David Dunn (Bruce Willis) está em seu encalço, e o encontro dos dois resulta em uma cena de ação empolgante já no início do filme, coisa rara nos filmes de Shyamalan (com exceção dos filmes mais impessoais do diretor, como O Último Mestre do Ar e Depois da Terra). Os dois são detidos e mandados para um hospital psiquiátrico, sob os cuidados da Dra. Staple (Sarah Paulson), que já trata de Elijah Price (Samuel L. Jackson) ou Sr. Vidro, preso desde os eventos de Corpo Fechado, há mais de 15 anos. O objetivo da psiquiatra é convencer os três de que sofrem um distúrbio mental e que não passam de seres humanos normais, sem super poderes.


À medida que a doutora tenta convencer os protagonistas (e a plateia) de que todos os extraordinários feitos dos filmes anteriores têm uma explicação científica, o filme culmina para o embate entre David, a Fera e o Sr. Vidro. James McAvoy (a exemplo do que fez em Fragmentado) dá um show de interpretação, alternando entre suas várias personalidades. Muitas vezes percebemos quem é a identidade que assume apenas pelo olhar e expressão corporal! Samuel L. Jackson teoricamente é o grande protagonista, já que dá título ao filme. Entretanto, no primeiro ato fica em estado catatônico, ganhando destaque só no fim do segundo ato. Bruce Willis, apesar de ser o herói, acaba sendo o mais apagado do roteiro.


Como em todos os filmes de Shyamalan VIDRO aborda temas como família, fé, redenção e acontecimentos extraordinários no mundo real. E como é ambientado em um universo de super-heróis, brinca o tempo todo com os arquétipos do gênero, como o herói, os vilões (tanto o capanga musculoso quanto o Mastermind), as fraquezas e, principalmente, os sidekicks, os companheiros/ajudantes, representados aqui por Joseph (Spencer Treat Clark), Casey (Anya Taylor-Joy) e a Sra.Price (Charlayne Woodard). Um recurso utilizado pelo diretor para a construção (e descontrução) dos arquétipos e clichês dos super-heróis é o uso de flashbacks e até cenas não utilizadas dos filmes anteriores. Os enquadramentos inusitados, tão característicos de seus filmes, são menos utilizados aqui, já que o diretor apela mais para as cenas de ação e menos para o suspense, principalmente no terceiro ato. 


E se o público espera um plot twist no final, Shyamalan nos brinda simplesmente com TRÊS reviravoltas na conclusão. Se vai agradar a todos, é difícil dizer, mas pelo menos o indiano naturalizado americano conseguiu concluir seu universo cinematográfico de super-heróis de uma maneira instigante que só ele seria capaz. Cada um que confira o filme e tire suas próprias conclusões!

Por hoje é só!
Até a próxima!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Sessão Gepeto: SHARKOR, um super-herói aquático exclusivo!



Nada melhor do que começar os posts de 2018 com a nossa querida Sessão Gepeto, em que eu crio action figures customizadas exclusivas! Aproveitando o hype de AQUAMAN, que acaba de passar 1 bilhão de dólares nas bilheterias, pensei em um herói aquático, já que não tenho nenhum na minha coleção. 
Heróis aquáticos são mais comuns do que parece. Além de Aquaman da DC e Namor da Marvel, temos Abe Sapien (das HQs de Hellboy), Triton dos Inumanos (também da Marvel e mais conhecido hoje graças à mal-sucedida série) e até um herói brasileiro, o Tritão, membro do Panteão Valoroso, grupo de heróis criado por Maurício Dias. E esses são apenas alguns das dezenas de personagens aquáticos das HQs.


Para fazer o meu personagem, optei por uma posição de nado. O melhor boneco que encontrei para o corpo foi o Dr. Manhattan, que já estava em uma posição próxima do que eu queria, com os braços  e pés estendidos. Além disso, já estava sem cabeça, que foi utilizada para o Saitama de One Punch Man, boneco que já foi tema de uma Sessão Gepeto anterior (para saber mais, clique aqui).


Com massa epóxi, modelei a cabeça em forma de tubarão, a grande barbatana dorsal e as barbatanas menores para os braços e pernas e as barbatanas em forma de nadadeira caudal para os pés. Depois, foi só pintar com tinta cinza. 



Como ele está nadando, precisava de uma boa base. Providencialmente, eu tinha uma base em forma de onda de um kit plástico do Darwin, o golfinho super-inteligente da série SeaQuest DSV, uma obscura série produzida por Steven Spielberg e estrelada por Roy Scheider entre 1993 e 1996. O golfinho a muito tempo se foi, vítima de uma faxineira descuidada. Não sei por quê, mas guardei a base em forma de onda, pensando que um dia seria útil... E não é que eu estava certo?


A base parece que foi feita para ele! Modéstia à parte, ficou bem legal! Agora é só bolar o plot do personagem, que, a propósito, é uma das partes mais divertidas de criar um boneco inédito...


"Um mergulhador da Marinha americana sofre um acidente e é salvo ao participar de um projeto secreto do Governo. Ao receber implantes de nano-robôs e células-tronco de tubarão (o predador mais bem-sucedido do planeta), ele se torna SHARKOR, um mutante meio humano, meio tubarão. Com força e resistência sobre-humanas para suportar a alta pressão em ambientes subaquáticos, SHARKOR é um especialista em missões de resgate e infiltração em alto mar!"


Parabenizando AQUAMAN pela entrada no seleto clube do Bilhão, o ONARI BLOG (que vai completar este ano 10 anos de existência!) deseja a todos um excelente 2019!

Por hoje é só!
Até a próxima!