quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Revista MUNDO DOS SUPER HERÓIS # 29: Review

Revistas ou livros não costumam ganhar resenhas no ONARI BLOG, embora eu seja um ávido leitor. Esta semana, passei em uma banca e a capa desta revista me chamou a atenção. MUNDO DOS SUPER HERÓIS é uma publicação voltada para vários assuntos da cultura pop, principalmente personagens de quadrinhos. Curiosamente, nunca havia me interessado pela revista, mas a capa anunciando um dossiê sobre a trilogia clássica de Star Wars acabou me fisgando. Dei uma folheada rápida e descobri que quase todas as matérias me interessavam! Comprei e devorei na mesma tarde!




Como a chamada de capa deixa claro, a matéria principal é o dossiê de 36 páginas (!) sobre a saga espacial de George Lucas. Aproveitando o lançamento dos seis filmes de Star Wars em Blu-ray, a revista faz um estudo bastante detalhado sobre a trilogia clássica, abordando bastidores, resumos dos três filmes e falando também sobre o Universo Expandido e a saga em outras mídias (principalmente os quadrinhos). O destaque é o pôster central, com vários cartazes dos três filmes (oficiais, comemorativos e algumas raridades).


Um dos maiores inimigos do Homem-Aranha, Venom tem uma matéria inteiramente dedicada a ele. Popular entre os leitores mais recentes (já que foi popularizado por Todd McFarlane nos anos 90 e ganhou destaque no terceiro filme do aracnídeo, de 2007), o vilão (ou anti-herói?) tem sua história dissecada em 8 páginas com muitas imagens.



Batman é objeto de duas matérias. Uma delas é sobre The Brave and the Bold, publicação em que o homem-morcego sempre teve importância, dividindo o espaço com outros heróis (e que até ganhou uma série recente de desenhos animados).



A compra da Marvel pela Disney gerou muita controvérsia há algum tempo (até já ganhou um post neste blog). Um dos primeiros resultados da fusão é a série animada dos Vingadores, bastante elogiada pela crítica e que é analisada em uma reportagem que também destaca os melhores episódios.



Nem as action figures escaparam da revista! Aqui são abordadas algumas estatuetas e bonecos com visual retrô, muitos baseados em pulp fictions e seriados das matinês.




Uma das matérias mais legais fala sobre um dos mais significativos elementos da mitologia de Batman (e, consequentemente, da própria cultura pop): o Batmóvel, que está comemorando 70 anos! As mais importantes versões do veículo do homem-morcego são abordadas (originadas de todas as mídias, como quadrinhos, filmes, desenhos e games). Particularmente, é a parte da revista que eu mais gostei, devido a um pequeno detalhe. Eu coleciono miniaturas de carros de filmes, série, animações e games, especialmente batmóveis (mas isso merece um post mais detalhado em breve)...


Apesar de nunca ter chamado minha atenção até então, Mundo do Super Heróis provou ter tudo a ver com meus gostos (incluindo este blog), e deve ser uma fonte de consulta constante daqui pra frente! Recomendadíssima!

Coleção LEGIÃO URBANA nas bancas!



Não sou muito ligado em música, ao contrário da minha mulher e dos meus filhos, que adoram cantar. Um dos poucos gêneros que eu curto é o Rock Nacional. Gosto de Kid Abelha (na verdade, eu gosto mesmo é da Paula Toller, hehehe...), Paralamas do Sucesso, Titãs, etc. Lembro que na década de 90 eu fui a um festival de rock em Londrina-PR (onde eu fazia faculdade) que reuniu Barão Vermelho, Titãs e Paralamas em uma única noite! Mas estou divagando... A minha banda favorita é Legião Urbana, e a Editora Abril acaba de lançar uma coleção imperdível para os fãs de Renato Russo e cia.

A Coleção Legião Urbana reúne os 15 CDs da discografia oficial (Legião Urbana, Dois, Que País É Este, As Quatro Estações, V, As Quatro Estações ao Vivo 1, As Quatro Estações ao Vivo 2, Música Para Acampamentos 1, Música Para Acampamentos 2, Acústico MTV, O Descobrimento do Brasil, Como é Que se Diz Eu te Amo 1, Como é Que se Diz Eu te Amo 2, A Tempestade e Uma Outra Estação). Cada CD é acondicionado em uma embalagem do mesmo tamanho e formato de uma embalagem de CD, mas em forma de livro, com curiosidades e a história da banda e do disco em si. Os 15 volumes serão guardados em uma embalagem personalizada muito bonita!

Como é de praxe nas coleções de banca, a edição de lançamento tem um preço promocional de R$9,90 (o preço das outras é de R$17,90). Até a edição 5 a periodicidade é semanal; a partir da edição 6, serão dois por semana, de modo que até dezembro a coleção estará completa! Embora o preço não seja exorbitante, haja bolso até o Natal (aliás, é uma boa dica de presente, não?)...

Até a próxima!

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

DVDs: EDIÇÕES DEFINITIVAS ou CAÇA-NÍQUEIS?

Sem querer fazer apologia à pirataria, confesso que de vez em quando até baixo ou copio algum filme ou seriado (deixando bem claro que apenas para meu uso pessoal, sem qualquer objetivo comercial). Mas sempre que possível gosto de ter o DVD original, com a embalagem intacta (mania de colecionador), organizado na estante. E já que eu vou comprar o DVD original, dou preferência às edições especiais, se possível edições duplas (já que os discos de extras normalmente não estão disponíveis para download). Muitos filmes estão disponíveis em edições especiais para colecionadores, com vários extras interessantes e até algum mimo adicional, como livreto, cards, poster ou até mesmo miniaturas. Há alguns anos, a Fox lançou o conceito de Definitive Edition, que seriam versões de filmes já lançados anteriormente com qualidade de som e imagem melhorada e disco extra, e com uma bela padronização de capa. A grande dúvida é: vale a pena?


Na verdade, a resposta não é tão simples. Alguns filmes realmente ganharam um melhoramento em relação à imagem e ao som, e edições duplas até então inéditas. O problema é que alguns filmes já tinham edições duplas e as edições definitivas são apenas os mesmos dois discos com embalagem e luva diferentes (ou seja, verdadeiros caça-níqueis). Vamos ver alguns exemplos.






Aliens vs. Predador é um filme mediano, que melhora substancialmente com os extras (com destaque para o making of, a origem da HQ e o featurette sobre os action figures de Todd Mcfarlane). Infelizmente, a edição definitiva é igual à edição especial dupla lançada anteriormente.






Aliens - Edição Definitiva é bem diferente da edição especial. Para início de conversa, a primeira versão era simples, com extras sem legendas (embora bem interessantes). A edição definitiva é dupla e os extras são todos legendados (e diferentes da edição especial!). Não dá pra dizer que são inéditos porque já estavam presentes no luxuoso box com a quadrilogia. Mas de qualquer jeito, é muito bom. Vem com as duas versões, a de cinema e a estendida (no folheto com as notas de produção, dá pra comparar os capítulos e ver de maneira mais clara as diferenças entre as duas versões)





A edição definitiva de O Predador é igual à edição especial dupla, mas nem se compara com a edição simples, principalmente nos quesitos imagem e som. Mas como não inova nos extras, continua sendo um caça-níqueis safado (embora a arte da embalagem e luva seja belíssima).










Comando para Matar é um dos filmes mais divertidos de Schwarzenegger, principalmente por não se levar a sério em momento algum. Apesar de radicalmente diferente da edição simples, acaba deixando a sensação de picaretagem. Explico: a qualidade de som e imagem é boa, mas s documentários do disco 2 são decepcionantes. Além disso, até tem uma versão estendida, mas nem faz diferença, porque só tem um(!) minuto a mais (basicamente, um diálogo entre Schwarza e a aeromoça dentro do carro)!









A imagem de Robocop - edição definitiva é muito superior à da edição especial. O disco 1 é o mesmo da edição especial, mas os extras estão devidamente legendados (exceto a faixa de comentário de Paul Verhoeven - que vacilo!). O disco 2 tem apenas 3 featurettes, mas são bem interessantes.



Comentei apenas as edições definitivas que eu tenho. Não tenho as outras, mas sei que as edições definitivas de Conan - O Bárbaro, Guardiões da Noite, Minority Report, O Dia Depois de Amanhã, Touro Indomável, entre outros, seguem o mesmo padrão. O disco 2 é o mesmo das edições especiais duplas lançadas anteriormente!



Faz tempo que eu não uso o bordão, mas vou repetí-lo neste caso: Ai, como é duro ser colecionador no Brasil!...



Até a próxima!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Princesas Disney versão STREET FIGHTER??!!

O que as famosas Princesas da Disney têm a ver com o ONARI BLOG? Bem, aparentemente nada... Entretanto, navegando pela net, descobri algumas ilustrações muito interessantes. Existem diversas séries de imagens retratando as princesinhas das mais variadas formas (sensuais, macabras, pin-ups e até obesas!). Algumas delas merecem posts futuros, mas a mais legal é a que retrata Cinderella, Branca de Neve e cia como lutadoras! Isso mesmo, alguém desenhou as princesas da Disney como personagens de games tipo Street Fighter ou Mortal Kombat! Vamos ver como elas ficaram?




Cinderella virou uma verdadeira ninja! Será que as sapatilhas são de cristal?





A princesa Tiana (de A Princesa e o Sapo) virou uma guerreira estilo Lara Croft (Tomb Rider).





Branca de Neve deixou a delicadeza de lado e tornou-se uma lutadora de rua bem dark (com direito até a soco inglês!)


Pocahontas, que no desenho já era uma guerreira, virou uma versão feminina do T.Hawk (Street Fighter) ou Nightwolf (Mortal Kombat), com as tradicionais machadinhas! Vai um escalpo aí?



Mulan também já era uma lutadora marcial no desenho. Aqui ela usa um mortal e afiado leque, tal qual a Kitana de Mortal Kombat.




Jasmine, como não podia deixar de ser, ganhou uma cimitarra, tornando-se uma letal guerreira árabe.








Bela virou uma verdadeira Fera, como uma kickboxer especializada na arte do Muay Thai!





Aurora, a Bela Adormecida, pode até ficar deitada, mas só se for para aplicar chaves de braço e estrangulamentos, já que uma campeã de luta livre e M.M.A. não pode dormir no ponto. Repare nos detalhes do cinturão...







Ariel, a Pequena Sereia, até deixou de ser sereia para lutar com seu tridente (deve ter surrupiado do papai Tritão, hehehe)



Haja criatividade! Por hoje é só! Até a próxima!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Sessão "Gepeto": CYBERCLOPE, um novo boneco exclusivo!

No último post, mostrei um boneco do Dutch de O PREDADOR que eu fiz a patir do corpo do Duke Nuken e da cabeça do Terminator (Man or Machine). Pois bem; acabei ficando com o corpo do Terminator sem cabeça e não sabia o que fazer com ele... Aí pensei: por quê não acrescentar algumas peças (cabeças e mãos intercambiáveis) que não estou usando e fazer um boneco totalmente novo?



A primeira coisa foi pintar o braço mecânico com tinta prateada para não ficar ensanguentado (a idéia era a de um implante posto há algum tempo). Também coloquei na frente uma metralhadora de um John Connor vagabundo da Playnates.


A cabeça utilizada foi a do Jason com saco de pano (do filme de Marcus Nispel). Como eu só gosto da cabeça com a clásica máscara de hóquei, nunca usei mesmo...


O olho foi coberto com um adesivo imitando um rubi. Assim, ficou mais robótico, como se fosse um laser vermelho. Colei uma parte de uma máscara de um G.I. Joe para ser uma espécie de respirador.



Na parte de trás, usei peças de um kit de montar velho (partes de um motor de uma moto, se não me engano), para fazer um aparato mecânico que seria a fonte de energia do ciborgue (tem até uma pequena bateria), com vários "fios de alimentação" ligados...




Por fim, substituí a mão direita pela mão do Robocop com a ponta (que ele usava para transferir dados e empalar inimigos, hehehe) e mais algumas peças plásticas velhas para simular implantes mecânicos.



Ficou meio bizarro, mas ficou legal. Agora é só batizá-lo. Que tal CYBERCLOPE (afinal, é um ciborgue de um olho só...)? Estou tentando bolar um background para o personagem... Talvez um soldado morto em ação e aproveitado em um projeto militar pós-apocalíptico improvisado e que fica descontrolado, como um zumbi altamente letal? Aceito sugestões!

Até a próxima!


sábado, 8 de outubro de 2011

Sessão "GEPETO": Alan Dutch de "O PREDADOR" Customizado!



Hoje vou inaugurar uma nova sessão, a Sessão "GEPETO", em homenagem ao personagem fabricante de brinquedos que cria o boneco Pinóquio. Nessa sessão, vou apresentar vários bonecos legais, com um detalhe interessante: todos foram criados por mim!
Como todo colecionador de action figures, meu objetivo é sempre ter os bonecos mais legais, raros e exclusivos. Entretanto, a preferência a determinada escala (no meu caso, 7 polegadas), acaba esbarrando em um problema: muitos personagens são lançados apenas na caríssima escala de 12 polegadas (leia-se, produtos da Hot Toys ou da Sideshow). É o caso de um dos personagens mais legais, o major Alan Dutch Shaeffer, protagonista de O Predador, um dos melhores filmes de ação, suspense e ficção científica dos anos 80. Interpretado por Arnold Schwarzenegger no auge de sua carreira como o maior astro de ação do cinema, o personagem era o líder de uma equipe de soldados altamente treinados que têm que enfrentar o caçador alienígena.







O personagem foi lançado pela Hot Toys, com os habituais detalhes quase sobrenaturais e o preço salgado de sempre, mas apenas na escala de 12 polegadas... Como o Dutch de 7 polegadas nunca foi lançado, decidi customizá-lo. Para quem ainda não está familiarizado com a expressão, customizar um boneco é modificá-lo através de pintura, escultura ou troca de peças.

Para fazer o Dutch, utilizei como base o corpo do Duke Nuken Forever da Neca, que além das características semelhantes (porte físico, colete, luvas), tem até o charuto que é uma das marcas registradas de Schwarza.





Ele tinha que ter a cara do Schwarzenegger. Assim, usei a cabeça do Terminator 2 Man or Machine (Neca), e troquei pela do Duke. Não foi tão fácil, já que a cabeça do Terminator sai com o pescoço e a do Duke sem o pescoço. Nada que um estilete e uma lixa não resolvam...






Depois da troca de peças, começa o trabalho de pintura. A camiseta vermelha e as calças foram pintadas de verde. Os detalhes vermelhos das luvas foram retocados em preto e o cinto foi pintado de marrom. Após a secagem, foi só aplicar as manchas pretas e marrons para dar um efeito de camuflagem. Não ficou perfeito, mas para um primeiro boneco customizado, até que ficou bom. A arma foi retirada de um Endoesqueleto vagabundo da Playmates.





Embora eu tenha sacrificado dois bonecos legais, acredito que o resultado foi um boneco mais legal ainda. E o que é melhor: exclusivo! Agora é só colocar o Predador e o Dutch juntos para o pau comer!




Por hoje é só! Até a próxima!

sábado, 1 de outubro de 2011

Análise: HERÓIS DO ORIENTE




Quem acompanha o Onari Blog sabe que filmes da Shaw Brothers não são presença constante aqui. Apesar de já ter visto muitos filmes da Shaw, poucos estão entre os meus favoritos. É que eu não gosto muito dos filmes "old school", especialidade do estúdio. Além disso, depois de muitos filmes, as coreografias acabam ficando repetitivas. Mas alguns clássicos merecem uma resenha mais detalhada.




Heróis do Oriente (1978) é um filme a que eu já queria assistir há muito tempo. Dirigido pelo lendário Lau Kar-Leung e estrelado por Gordon Liu (estranho ver o astro cabeludo, mesmo sendo peruca), o filme tem como tema a rivalidade entre China e Japão, presente em grande parte da filmografia marcial chinesa. Aqui a abordagem é um pouco diferente, e até mais divertida. Ah To (Liu) é um lutador de kung fu que é obrigado pelo pai a aceitar um casamento arranjado. Quer dizer, obrigado a princípio, pois quando ele vê que a noiva é a bela japonesa Kung Zi, aceita rapidinho...


Os problemas começam quando Kung Zi revela ser uma exímia artista marcial, proclamando que as artes marciais japonesas são mais eficientes do que as chinesas, provocando a indignação do marido. A discussão acaba em briga (literalmente!), com Ah To e Kung Zi tentando provar qual estilo é melhor (em cenas muito divertidas).


Após perder alguns embates, Kung Zi acaba voltando para o Japão. Uma carta de Ah To (uma tentativa de reaver a esposa) acaba sendo interpretada como um desafio às artes marciais japonesas, e um time de mestres japoneses liderados pelo grande Yasuaki Kurata vai à China para tirar satisfações com Ah To. É aí que o filme esquenta e tem seus melhores momentos. Todo dia Ah To tem que lutar com um especialista em um estilo contando com diferentes técnicas chinesas. Contra o mestre de kendo, ele luta com uma espada chinesa; para enfrentar o mestre de karatê, utiliza o estilo bêbado (que ele aprende em uma tarde, apenas observando o mestre Lau Kar-Leung!). Já para dar conta do poderoso mestre de judô, precisa de uma ajudinha do criado que besunta seu corpo de óleo, hehehe. Muito engenhoso o recurso que ele usa para derrotar o lutador com nunchaku e tonfa: um nunchaku triplo, em uma das coreografias mais complexas e criativas. E por aí vai, até a batalha final, que é contra Kurata, especialista em ninjitsu. No clímax Lau Kar-Leung força um pouco a barra, mas tudo bem...

Claro que, como o longa é uma produção chinesa, o kung fu acaba superando todos os estilos japoneses, mas o diretor Lau Kar-Leung encerra seu filme de maneira digna, pregando a tolerância entre as artes marciais. Um verdadeiro clássico!