Eu sei que faz um bom tempo que não escrevo no blog. Aliás, foi a primeira vez que o ONARI BLOG ficou 2 meses sem nenhuma postagem, mas prometo que tentarei ser mais regular. O importante é que eu voltei, e em grande estilo, pois hoje a postagem é especial: a crítica de BATMAN - O CAVALEIRO DAS TREVAS RESSURGE!
A sequencia de Batman Begins (2005), Batman - O Cavaleiro das Trevas, de 2008, estabeleceu um novo patamar, não apenas para o Batman, mas para todos os filmes de super-heróis que o precederam. O segundo capítulo da bat-saga arrecadou mais de 1 bilhão de dólares no mundo, apresentou a mais arrebatadora versão do Coringa de todos os tempos (mérito da interpretação assombrosa do saudoso Heath Ledger, merecidamente premiado com um Oscar póstumo) e deixou uma grande questão no ar: como superar o que foi considerado o melhor filme baseado em um herói dos quadrinhos de todos os tempos?
Um dos maiores desafios do terceiro capítulo foi encontrar um vilão à altura do Coringa. O diretor Christopher Nolan optou por Bane, um vilão mais novo (criado na década de 90) e responsável pela saga "A Queda do Morcego", uma das mais importantes do Batman. Para interpretá-lo, o escolhido foi Tom Hardy (visto recentemente em Guerra É Guerra), que, se não consegue chegar aos pés do Coringa de Heath Ledger, pelo menos não faz feio e entrega um vilão aterrorizante, brutal e fisicamente em pé de igualdade com o homem-morcego.
O restante do elenco não está menos do que impecável. Christian Bale se supera e sua versão do Batman (e, principalmente, de Bruce Wayne, o homem por trás da máscara) é carregada de amargura, raiva, determinação e medo. Anne Hathaway, linda como sempre, faz uma Mulher-Gato memorável, fazendo a gente até esquecer a Michelle Pfeifer...
Joseph Gordon-Levitt é a grande surpresa do novo elenco. Abandonando de vez os personagens românticos e sensíveis e encarando um papel de ação, revela-se uma das promessas do gênero para os próximos anos. Marion Cottilard acaba sendo a presença mais fraca, mas os fãs não terão do que reclamar...
Como de costume, em todo filme do Batman o herói tem que estrear um veículo novo. Se em Batman Begins o gadget mais importante era o novo Batmóvel (o Tumbler) e em O Cavaleiro das Trevas era o Bat-pod, o destaque do novo filme é The Bat, um veículo de perseguição e fuga capaz de voar entre dois prédios. Sua versão em miniatura da coleção Hot Wheels 2012 deverá ser uma das mais procuradas nas lojas de brinquedos por conta do novo longa.
Os aspectos técnicos de Batman Ressurge são irrepreensíveis, da direção de arte e fotografia aos efeitos especiais, passando pela arrebatadora trilha sonora de Hans Zimmer. Isso fica claro no alucinante clímax (nada menos do que 45 minutos pontuados pela música de Zimmer) e, principalmente, em três cenas em que não há música: a primeira luta entre Batman e Bane (onde os ruídos que se destacam são os rugidos do homem-morcego, a angustiante voz de Bane e a crueza do som das pancadas), um diálogo de cortar o coração entre Bruce Wayne e Alfred (fazia tempo em que não nos deleitávamos com uma interpretação tão inspirada de Michael Caine) e a cena do estádio, em que só se ouve a voz de um menino cantando o hino nacional americano, um pouco antes do arrebatador terço final que fecha de maneira grandiosa e épica o filme.
O filme se passa 8 anos após os acontecimentos do segundo filme. Batman caiu em desgraça ao assumir a morte de Harvey Dent e Gotham está em relativa paz. Bruce Wayne vive recluso e amargurado. Tudo muda quando Bane surge e se mostra uma grande ameaça, deixando o comissário Gordon (Gary Oldman) no hospital. Wayne percebe que precisa reassumir o manto do morcego e seu caminho se cruza com os de Miranda Tate (Cottilard), uma milionária ambientalista, Selina Kyle (Hathaway), uma ladra extremamente esperta, sexy e habilidosa e John Blake (Levitt), um jovem e idealista policial que vira homem de confiança de Gordon. É melhor eu não revelar muito da trama para não estragar a surpresa de quem ainda não viu o filme. Nolan adota o mesmo tom realista dos dois filmes anteriores e satisfaz os fãs xiitas com referências a sagas clássicas dos quadrinhos, como A Queda do Morcego, Batman - O Cavaleiro das Trevas e Gotham - Terra de Ninguém. E, se em Batman Begins o tema era o medo e em O Cavaleiro das Trevas era o caos, no terceiro filme é a dor (não apenas a física, mas também da alma)...
Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge consegue superar seu antecessor? Superar, eu não sei... Mas que Christopher Nolan fecha a trilogia de maneira satisfatória, emocionante, espetacular e, em última instância, inspiradora, isso ele consegue.
Desculpem por fechar essa crítica dessa maneira, mas não posso deixar de declarar:
ESSE FILME É FODA PRA CARALHO!!!!
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