quinta-feira, 31 de março de 2011

AS ACTION FIGURES MAIS LEGAIS BASEADAS EM GAMES

Hoje vou falar sobre dois assuntos que eu adoro: games e action figures! Vou relacionar alguns dos bonecos mais bacanas que têm como tema personagens de games. Quando falo sobre action figures, não me refiro à escala 1:6, que é a dos bonecos mais detalhados, com roupa de tecido e preço exorbitante. Os bonecos que eu coleciono têm em média de 15 a 20 cm, e o preço é razoável (raramente passando dos 100 reais). Vamos lá?


Sem dúvida, a mais importante franquia de games de luta é Street Fighter, graças ao imenso sucesso do game Street Fighter 2, nos anos 90. A série gerou diversos produtos, de animês a filmes, e apesar de ter perdido o fôlego na década passada, recuperou-se com o lançamento do aguardado Street Fighter 4, para a nova geração das plataformas (Playstation 3 e X-Box 360). Praticamente todos os personagens ganharam sua versão em miniatura. Deles, eu só tenho o Evil Ryu, que transformei no Ryu bom pintando os olhos.




Aliens vs. Predador foi tema de dois filmes recentes, e a idéia foi baseada em uma série de gibis. Entretanto, uma das mídias que mais fez sucesso foi a dos games. Este ano foi lançado um pack com os dois monstros, com o visual clássico do primeiro filme de cada um. A McFarlanne Toys já havia lançado um conjunto semelhante, mas este está mais detalhado e vem com dois acessórios especiais: um crânio de cada criatura! Demais! O nível de detalhe das peças é impressionante. Tive a sorte de encontrar um conjunto a preço de banana em uma das minhas lojas preferidas. O preço estava tão baixo que a gerência, percebendo a burrada, tratou logo de aumentar o preço (cinquenta reais de aumento!). Ainda bem que eu já tinha garantido o meu! Eu já tinha um Predador (baseado no segundo filme), mas sempre quis um Alien. Agora eu tenho - coitado, vai ter que lutar com dois Predadores de uma vez...





Nos games, a série Mortal Kombat só perde em popularidade para Street Fighter. Os principais lutadores da mais sanguinolenta franquia de pancadaria como Liu Kang, Scorpion e Sub-Zero podem lutar na sua prateleira...






Outra série de luta famosa nos games é Tekken, que recentemente ganhou uma versão cinematográfica. Os principais personagens têm as suas versões miniatura, como Jin, Heihachi, Yoshimitsu, Nina Williams e outros. Bem fiéis às suas contrapartes virtuais, diga-se de passagem...


Um dos melhores games de ação é Devil May Cry, no qual o protagonista Dante enfrenta demônios e criaturas das trevas com diversas armas. Repare na quantidade de acessórios do boneco (pena que eu não tenho)...




Final Fantasy, a mais importante e longa série de RPG dos games, tem inúmeras séries de bonecos, todos muito bem feitos, o que já é caracteristico da Square. As fotos abaixo retratam as figuras da versão do PSP, Final Fantasy VII: Crisis Core. Inclui o protagonista Zack, Cloud (coadjuvante deste jogo mas protagonista das outras versões do sétimo episódio) e a mocinha Aerith. Destes eu só tenho o Cloud, (vem com rifle e tonfa, mas sem a espada).






É claro que God of War (GOW), a minha série favorita, não poderia ficar de fora. GOW 1 e GOW 2 são os melhores jogos do Playstation 2 e GOW 3 é o melhor do Playstation 3! Aventuras épicas cheias de ação frenética dignas de virarem filmes! Existem várias versões do (anti) herói protagonista, Kratos, mas a minha favorita (e que faz parte da minha coleção) é a que tem o visual clássico com a cabeça da medusa em uma das mãos!




Para encerrar o post com chave de ouro, uma das coleções mais bonitas e detalhadas: World of Warcraft. O jogo de estratégia retrata um mundo em guerra, onde exércitos de orcs e elfos enfrentam humanos e monstros. A série de games tem milhões de fãs... Não me incluo entre eles, mas sou fã número 1 das miniaturas, riquíssimas em detalhes. É uma coleção dirigida aos marmanjos, já que as figuras praticamente não têm articulações e partes móveis. São todas de cair o queixo. Infelizmente eu só tenho uma, o bárbaro Lo-gosh (o guerreiro que está lá embaixo, cruzando as espadas).





Espero que tenham curtido. Até a próxima!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Animações baseadas em RPG: CAVERNA DO DRAGÃO e CRÔNICAS DA GUERRA DE LODOSS

Antes de virar uma das maiores trilogias cinematográficas de todos os tempos, a série de livros de O Senhor dos Anéis, de J.R.R. Tolkien, inspirou praticamente todas as obras que retratavam um mundo fantástico e medieval povoado por dragões, cavaleiros, elfos, feiticeiros e monstros... Um dos produtos mais importantes foi um jogo de RPG (role playing game) chamado Dungeons and Dragons, que fez sucesso no mundo todo. Hoje vou falar de duas séries de animação diretamente inspiradas pelo jogo e pelos livros.






CAVERNA DO DRAGÃO


Agora vou exercitar minha veia saudosista. Quando eu era criança, um dos meus desenhos favoritos era Caverna do Dragão (Dungeons and Dragons no original, ou seja, é a versão oficial do RPG em animação). O desenho contava a história de 6 garotos (Hank, Sheila, Bob, Presto, Eric e Diana) que, após andarem em um brinquedo de parque de diversões, são transportados para um mundo mágico, onde recebem roupas e armas especiais. Ao lado da filhote de unicórnio Uni e orientados pelo Mestre dos Magos, viviam tentando voltar para seu mundo e tinham de enfrentar um ser demoníaco, o Vingador. O início da aventura (o primeiro encontro com o Mestre, Uni e Vingador) era revelado na abertura, que sempre era cortada pela Rede Globo.
Uma das animações mais populares dos anos 80, Caverna do Dragão teve 27 episódios em três temporadas, de 1983 a 1985. Apesar do sucesso, foi cancelada sem maiores explicações, e ficou sem final. Nos anos 90, surgiu um boato segundo o qual o "episódio final" teria sido vetado pelos produtores por conter uma chocante revelação: após o incidente no parque de diversão, os 6 amigos haviam morrido e o mundo no qual eles haviam parado era o inferno! O Mestre dos Magos e o Vingador eram as duas faces do demônio, enquanto Uni era uma espiã com o objetivo de impedir os garotos de regressarem ao seu mundo. Tiamat (o dragão de 5 cabeças), por sua vez, era um anjo enviado para salvar as crianças. Bizarro, não? De qualquer forma, o boato foi desmentido pelos produtores.
De fato, um episódio final foi realmente roteirizado, embora nunca produzido. Nele, é revelada a verdadeira identidade do Vingador: ele era o filho do Mestre dos Magos! Embora seja o último episódio, ao final não fica claro se os meninos voltam para casa, uma evidente brecha para uma eventual continuação da série.
Infelizmente, essa sensacional série nunca foi lançada em DVD no Brasil! Eu tenho todos os episódios (com áudio em inglês e português e legendas) em DVD, graças a amigos colecionadores. Você encontra todos os episódios baixando na net ou em sites especializados em animês, mas bem que alguma distribuidora poderia lançar oficialmente por aqui. Quem sabe em Blu-ray...



CRÔNICAS DA GUERRA DE LODOSS


Outra série de animação claramente inspirada em Tolkien e Dungeons and Dragons, Crônicas da Guerra de Lodoss (Record of Lodoss War) foi produzida no início dos anos 90 pela mesma equipe de Street Fighter (já comentado aqui em posts anteriores). Essa série é chamada de OVA (Original Video Animation) e teve 13 episódios. Conta a história de 6 heróis (o cavaleiro Parn, a elfa Dreelit, o ladrão Woodchuck, o anão Ghim, o mago Slayin e o clérigo Etoh) que se envolvem em uma guerra na ilha de Lodoss. A qualidade da animação é muito boa, como é padrão nos animês japoneses. A série teve uma continuação em mais 27 episódios, que continuam a história.

Os primeiros 13 episódios foram lançados em DVD (3 discos) em uma tiragem limitadíssima da Devir, em um box muito bonito, em 2004. Claro que hoje a caixa é raríssima e está esgotada em todos os sites. Recentemente, garimpando na única loja especializada em HQs e cards da minha cidade, encontrei um box já meio empoeirado mas novinho! Foi um golpe de sorte, já que há anos eu queria conferir essa série. Agora, posso recomendar de fato, pois é sensacional!

Por hoje é só. Até a próxima!

quinta-feira, 24 de março de 2011

BROMANCE:Amizade ou Boiolice?



A partir dos anos 90, um novo tema se tornou recorrente na cultura pop: a amizade intensa entre homens heterossexuais (portanto, sem sexo), que não deixa de ser uma relação de amor. Frescura? Uns acham que sim; outros acham perfeitamente normal.


Apelidada de BROMANCE (mistura de brother com romance), tem como um de seus primeiros ícones a dupla formada por Matt Damon e Ben Affleck, que faturaram juntos um Oscar pelo roteiro de Gênio Indomável.


No cinema, o tema está presente em vários filmes, dentre os mais variados gêneros. O mais épico e notório é sem dúvida O Senhor dos Anéis, no qual a amizade entre Frodo e Sam é decisiva para o desfecho. A relação entre os dois é tão intensa que foi alvo fácil para piadinhas (em alguns sites, a imagem acima foi inclusive alterada por engraçadinhos, que a transformaram em um apaixonado beijo, hehehehe).

Um dos meus filmes favoritos é Um Sonho de Liberdade, um drama primoroso indicado para 7 Oscar (não ganhou nenhum) que trata da amizade entre Andy e Red (Tim Robbins e Morgan Freeman) dentro de uma prisão. Impossível não se emocionar no final.

Até na comédia o assunto rende, como em Superbad - É Hoje!, Eu Te Amo Cara e Ricky Bobby - A Toda Velocidade.

Mais recentemente, o tema foi abordado de maneira bem humorada em O Besouro Verde (tema do último post), mostrando que até na pancadaria pode existir o bromance.

Quem tem uma amizade assim sabe que não é boiolice. Eu mesmo tenho um amigo que é meu brother há mais de 20 anos. E sem frescura!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Análise: BESOURO VERDE


Besouro Verde foi um seriado televisivo (originado de uma novela de rádio) que pegou carona no sucesso da série Batman nos anos 60 (ambos tinham os mesmos produtores), mas tinha um tom levemente mais sério. Talvez por isso não tenha emplacado, tendo durado apenas uma temporada. Entretanto, teve o seu impacto na cultura pop, principalmente por ter em seu elenco o lendário Bruce Lee, que fazia Kato, o fiel motorista de Britt Reid (Van Williams), milionário que combatia o crime sob a identidade do Besouro Verde.

Agora que o gênero "filme de super-heróis" provou ser uma mina de ouro, não demoraria muito para que a série ganhasse uma versão cinematográfica.
Durante anos o projeto esteve ligado ao diretor Kevin Smith, que dirigiria o longa. Infelizmente, ele se desligou da produção, mas outro nome que também sempre esteve ligado a um novo filme do herói mascarado acabou vingando, apesar de improvável: Seth Rogan, astro das comédias Ligeiramente Grávidos, Superbad - É Hoje e Segurando as Pontas, finalmente veste a máscara do herói na nova adaptação cinematográfica.

Outra escolha que causou espanto foi a do diretor Michel Gondry, cujos últimos filmes estão longe de serem considerados blockbusters: Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças e Rebobine, Por Favor transbordavam criatividade e personalidade, mas decididamente não se encaixam na fórmula dos filmes de grande orçamento. Curiosamente, Gondry dirige o seu filme mais comercial de maneira burocrática, talvez intimidado pelo orçamento maior e pelo astro, já que Rogen também é produtor do longa.

Stephen Chow, astro e diretor de Kung Fu-São, também foi cotado para dirigir e estrelar o filme, como o motorista e mordomo Kato, mas foi substituído pelo astro pop Jay Chou, quase desconhecido por aqui mas famosíssimo no Oriente.

A história não tem grandes novidades. Britt Reid (Rogen) é o filho mimado de um milionário (Tom Wilkinson) que perde o rumo quando o pai morre. Logo faz amizade com Kato, motorista, mordomo e faz-tudo do pai. A bordo de Black Beauty, um carro super-equipado, Reid resolve combater o crime sob a identidade do Besouro Verde ao lado de seu inseparável criado. Entretanto, logo batem de frente com o criminoso vivido por Christoph Waltz, roubando a cena como fez em Bastardos Inglórios (que lhe rendeu um Oscar no ano passado). Cameron Diaz faz a secretária de Reid, que acaba virando interesse romântico tanto do patrão quanto de Kato (não correspondendo a nenhum dos dois, por sinal).
A exemplo do que acontecia na série de televisão, quem se destaca novamente é Kato. Fica sempre claro que o Besouro Verde não funciona sem o seu parceiro, já que o motorista constrói todos os apetrechos da dupla e é responsável por descer o sarrafo nos bandidos, quase sempre salvando o patrão das enrascadas. Uma das grandes sacadas do filme é a "visão do Kato": nos momentos de adrenalina, o chinês se movimenta tão rápido que vê todos os bandidos em câmera lenta, dando um efeito muito interessante.
Não espere grandes inovações, mas Besouro Verde cumpre o que promete: bom humor, lutas e cenas de ação convincentes, vilões interessantes e diversão despretensiosa.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Análise: BRUCE LEE - MY BROTHER


Bruce Lee é um nome que dispensa comentários. Um dos grandes ícones da cultura pop, transcendeu o gênero dos filmes de kung fu e é objeto de culto até para quem não é muito fã de pancadaria. Existem muitos documentários sobre sua trajetória. O melhor é A Jornada de um Guerreiro, que consta nos extras do DVD duplo de Operação Dragão, na minha opinião o melhor DVD já lançado no Brasil no gênero. Entre as cinebiografias, destacam-se uma versão estrelada por Bruce Li e a versão hollywoodiana (Dragão - A História de Bruce Lee). Todos os filmes padecem do mesmo defeito: em nome da adequação ao público, tomam certas liberdades criativas e mostram acontecimentos de maneira errônea ou cronologicamente diferentes da história real.

Bruce Lee - My Brother é a mais nova versão da história do astro, contada por ninguém menos que seu irmão caçula, Robert. O filme retrata a infância e adolescência de Bruce Lee em Hong Kong, até o momento em que viaja para a América. Ou seja, seu objetivo é contar a história menos conhecida do ícone, pois sua trajetória a partir dos EUA é bastante conhecida. Apesar de também apresentar alguns acontecimentos de maneira ligeiramente diferente do que foi relatado em documentários, filmes e livros, as passagens mais importantes da sua vida no período são retratados, como sua relação com a família e amigos, seu comportamento arruaceiro, sua timidez com as mulheres, sua paixão por uma garota chamada Pearl (segundo relatos de alguns livros, eles chegaram a namorar, o que não acontece no filme), o concurso de chá-chá-chá, o treinamento com Yip Man e a luta com um jovem boxeador inglês. Aarif Lee (de Echoes of the Rainbow) faz o jovem Bruce Lee e até que se sai bem, apesar de não ser muito parecido com ele.

O principal defeito do filme nem é a falta de fidelidade, mas a falta de ação. Não que o filme não tenha cenas de ação e lutas, mas são muito poucas em se tratando de Bruce Lee, no máximo duas ou três lutas. Claro que o destaque é a relação entre sua família e amigos, mas bem que poderia ter mais ação.

Quem é fã chiita vai apreciar, mas quem espera lutas arrasadoras e ação sem parar pode se decepcionar... Vale destacar o final do filme, apresentando uma comparação entre as fotos do filme e as fotos reais.
Por hoje é só. Até a próxima!