sábado, 18 de setembro de 2010

Filmes Obscuros: THRILLER - A CRUEL PICTURE (ou THEY CALL HER ONE EYE)

Não, não é o videoclip mais famoso de Michael Jackson... Este THRILLER é um cult sueco raro de 1973. É simplesmente o filme que inspirou Quentin Tarantino a realizar o épico Kill Bill. THRILLER (também chamado de THEY CALL HER ONE EYE) é uma história de violência, abuso, sexo e vingança. Definitivamente não é para todos os gostos, e, não fosse pela internet, permaneceria restrito a festivais underground de cinema exploitation.
O filme conta a trágica história de Madeline. Quando criança, ela é estuprada por um velho nojento, e o trauma faz com que ela fique muda.
Quinze anos depois, já adulta, Madeline (a linda atriz Christine Lindberg) trabalha em uma fazenda. Caindo na conversa mole de Tony (Heinz Hopf), a pobre garota é raptada e se vicia em heroína. Para sustentar o vívio, é obrigada a se prostituir. Após o primeiro ato de rebeldia, é punida em uma das mais perturbadoras cenas da história do cinema: Tony arranca seu olho, furando-o com um bisturi! A cena é aflitiva por mostrar o ato em detalhes (conta a lenda que foi utilizado um cadáver real de uma garota). Achou pouco? Fica pior...


Agora utilizando um tapa-olho (inspirando o personagem Elle Driver, interpretada por Daryl Hannah em Kill Bill), Madeline continua se prostituindo para manter o vício, em cenas de sexo explícito em closes! Alguns críticos acharam desnecessário, mas talvez a intenção do diretor tenha sido intensificar a revolta e a violência contra a protagonista, justificando sua vingança.

Após perder sua única amiga e receber uma trágica notícia referente a seus pais, Madeline foge e resolve treinar caratê e tiro para se vingar. As cenas de violência são todas filmadas em câmera-lenta. A violência, afinal, é justificada pelos tormentos sofridos pela protagonista. A expressão "a vingança é um prato que se come frio" nunca foi tão intensamente explorada (só igualada décadas depois, com KILL BILL e OLDBOY)... Apesar de raro, obrigatório!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

ACTION FIGURES (BONEQUINHOS) QUE NÃO SÃO PARA CRIANÇAS

Depois que você deixa de ser criança, bonequinhos viram action figures e viram coisa de adulto (nerd, claro). Vasculhando alguns sites, encontrei algumas action figures e estatuetas femininas que definitivamente não são para pimpolhos... A maioria é baseada em Animes e games. Algumas são tão gostosas e sensuais que só podiam ter saído da mente pervertida de algum japa perturbado. Duvidam? Então dêem uma olhada:

As das fotos acima eu não sei a que anime, filme ou game pertencem, mas as próximas eu sei:


Kasumi (DOA Beach Party)



Poison (Final Fight)



Mai Shiranui (King of Fighters)





Witchblade






Tyris (a amazona do game Golden Axe - esse é velho!)









Princesa Leia escrava em O Retorno de Jedi (esse já mereceu até um post só dele)
Já é hours-concurs!





Por último, uma action figure da minha coleção pessoal: Succubus, a sexy, sedutora e perigosa personagem da série Castlevania, uma bonequinha muito legal. Tem uma curiosidade sobre ela. Veja mais abaixo...


Ela foi lançada originalmente fazendo topless, com os seios à mostra! É lógico que mesmo sendo um brinquedo voltado para o público adulto, nenhuma loja em sã consciência concordaria de vendê-la (ainda mais em uma sociedade hipocritamente moralista como a americana). Assim, os fabricantes decidiram cobrir os seios com a parte de cima do corselet, colando a peça em todas as figuras antes de embalá-las. Entretanto, se você descolá-la com cuidado, terá uma bela visão:

É, definitivamente tem gente precisando urgentemente de namorada! Será que existe mulher nerd gostosa? Não sei, a minha não é nerd...

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Análise: OS MERCENÁRIOS

Já há algum tempo longe do seu auge (os anos 80), Sylvester Stallone decidiu se reinventar (ou voltar às raízes) com novas versões dos seus personagens mais famosos, e se deu bem com Rocky Balboa e Rambo 4. Para o filme seguinte, teve uma idéia inusitada: um filme de ação com o maior número possível de astros do gênero. A idéia tomou forma e o elenco impressionou: Sly recrutou tanto astros atuais (Jason Stathan e Jet Li) quanto astros decadentes de filmes B (Gary Daniels, Eric Roberts, Dolph Lundgren) e astros que já foram do primeiro escalão (Mickey Rourke, Bruce Willis e Arnold Schwarzenegger!), além de lutadores de verdade (Randy Coulture e Steve Austin)! Ufa! Só ficaram faltando Kurt Russel, Steven Seagal e Jean-Claude Van Damme (eles até foram convidados, mas recusaram!)...

A história é um puro clichê oitentista (quem mais vai se divertir é quem cresceu naquela época), com Stallone liderando um grupo de mercenários que tem a missão de matar um general autoritário de uma ilha latino-americana. O que importa são as cenas de ação, e elas não decepcionam. Curiosamente, o maior alívio cômico do filme é o personagem de Jet Li, pois é o mais baixinho no meio de tantos grandalhões. Suas lutas, aliás, estão mais contidas, talvez para não ofuscar os outros astros.
Parte das filmagens ocorreu no Brasil, e o principal papel feminino coube a Gisele Itiê (nascida no México e criada no Brasil, protagonizou recentemente a novela "Bela, a Feia"), que tem pouco espaço diante de tanta testosterona.

A ação é brutal e explosiva durante todo o filme, mas algumas cenas se destacam. A cena mais antológica (apesar de breve) é o encontro do três medalhões dos anos 80: Stallone, Bruce Willis e Arnold Schwarzenegger! Willis é o misterioso agente que recruta Stallone para a missão, e Schwarzenegger é o líder de outro grupo interessado, mas que acaba deixando o abacaxi para o garanhão italiano. Várias lutas são a realização de sonho de vários fãs: Jet Li x Dolph Lundgren, Jet Li x Gary Daniels, e Jason Stathan e Jet Li x Gary Daniels!

Apesar da minha expectativa ter sido alta, não me decepcionei. Se você espera um filme de ação "macho", sem CGI e sem frescura (e quase sem história também, como era o cinema de ação oitentista e, pensando bem, até o de hoje), embarque sem medo. E prepare-se: Stallone já deixou claro que pretende rodar uma segunda parte, com ainda mais astros da ação. Quem mais? Talvez, Chuck Norris, Loenzo Lamas, Don "The Dragon" Wilson, Billy Blanks e os que recusaram da primeira vez? Quem sabe...

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Análise: IP MAN 2

Donnie Yen é um dos maiores astros de ação da Ásia, mas não é muito conhecido por aqui. Uma pena, pois dos três maiores (Yen, Jackie Chan e Jet Li), Donnie é o único que não fez concessões ao mercado internacional, mantendo a qualidade dos seus filmes. Além disso, continua surpreendendo por sua ótima performance física, mesmo sendo quarentão (seus trabalhos em SPL (Comando Final) e Flashpoint foram muito elogiadas pelos fãs).
Seus últimos trabalhos foram interpretando o lendário mestre Ip Man, simplesmente o homem que ensinou Bruce Lee a lutar! O primeiro filme foi lançado em DVD por aqui há uns 2 meses e foi comentado em um post recente do blog. Agora vou comentar a segunda parte (ainda sem previsão de lançamento em DVD).
Após a fuga de Fonshan, Ip Man (Donnie Yen) se estabelece em Hong Kong com sua mulher grávida e seu filho pequeno. Diante da miséria em que se encontram, decide abrir uma escola de Wing Chun. O início é muito difícil, mas o número de alunos aumenta rapidamente.

A primeira parte do filme trata dos problemas de mestre Ip em manter sua escola, pois existe um esquema de corrupção entre as escolas de kung fu da cidade e do governo inglês. A associação das escolas é chefiada pelo mestre de Hung Gar. Nesse momento o filme cresce com a presença de Sammo Hung no papel do mestre. No melhor momento do filme, Ip Man é obrigado a lutar com todos os mestre da cidade em cima de uma mesa redonda, e claro que a última treta é com Sammo Hung! A disputa termina empatada e com a rivalidade entre os dois estabelecida.


A disputa entre Sammo e Donnie fica em segundo plano na segunda metade do filme, em que volta o tema recorrente do primeiro filme e de toda a filmografia marcial chinesa, a luta dos chineses contra os opressores estrangeiros (aqui os ingleses substituem os japoneses). Um boxeador inglês humilha os chineses desafiando qualquer um a vencê-lo. Depois de trucidar vários chineses (incluindo Sammo), ele aceita o desafio de mestre Ip. O clímax é a luta entre os dois, uma repetição do final do primeiro filme. A diferença é que aqui ele apanha mais (hehehe), o que não deixa de ser estranho, já que o lutador japonês do filme anterior parece superior ao boxeador.
Como o fato de ele ter sido mestre de Bruce Lee é o chamariz do filme, ele não poderia encerrar sem uma citação a isso. Vemos um Bruce Lee muito jovem querendo ser aluno de Ip Man. Como ele só tem 10 anos, o mestre manda ele voltar depois de alguns anos, hehehe.
O filme é levemente inferior ao primeiro, mas continua diversão de alto nível!

sábado, 4 de setembro de 2010

Análise: ONG BAK 3


Em 2003, um filme tailandês de artes marciais chamou a atenção do mundo ao apresentar uma nova estrela, Tony Jaa. Ong Bak contava a história de um jovem guerreiro que tentava recuperar a cabeça de uma estátua de Buda que protegia a sua vila. O longa se destacou por mostrar o Muay Thai, a arte marcial tailandesa, de uma maneira nunca antes vista. Protagonizando acrobáticas e brutais lutas e cenas de ação inventivas e perigosas, Tony Jaa foi considerado "o novo Bruce Lee". Estava inaugurado o novo cinema de ação tailandês, pois os produtores lançaram vários filmes nos mesmos moldes: Nascido para Lutar (com Dan Chupong, outra estrela das artes marciais), O Protetor (outro filme com Tony Jaa, ainda melhor que Ong Bak), Guerreiro do Fogo, Chocolate (com a adolescente Jeeja Yanin), Os Meninos Superpoderosos (com crianças!), entre outros.
Em 2008, Tony Jaa dirigiu a aguardadíssima sequência de Ong Bak. O roteiro inovou ao retroceder no tempo e contar a história de (acho) um antepassado do protagonista do original. Tien (Jaa) é filho de um nobre que é emboscado pelo vilão, que é coroado imperador. O garoto escapa e é acolhido por um clã de guerreiros peritos em diversos estilos de luta. Tien aprende todas as artes marciais e logo é considerado o sucessor do líder do clã, que o criou. Ao longo do filme, o protagonista descobre que o atual imperador é o responsável pela emboscada de seu pai e, no clímax, é obrigado a lutar com seu pai adotivo (o tal líder do clã), descobrindo que ele foi o assassino que matou o seu pai! No final, Tien é capturado pelo imperador e, segundo uma narração, é torturado e morto. A última cena apresenta Tony Jaa com um bigode, sugerindo um descendente e uma suposta continuação.
Após os atrasos na produção de Ong Bak 2, muito se especulou sobre uma terceira parte da saga. Boatos à parte, Ong Bak 3 foi lançado este ano, com direção de Jaa e de Panna Ritikrai (seu mentor e diretor da primeira parte).



O terceiro filme começa exatamente onde o segundo parou, com a captura de Tien. Severamente torturado, ele é resgatado pelos Kana Khone, integrantes da vila de sua amiga de infância. Após uma dolorosa recuperação, ele desenvolve um novo estilo de luta, baseado em uma dança sagrada praticada pela tal amiga (uma graça, aliás). Orientado por um monge, decide encarar seu destino e confrontar seus inimigos. As lutas continuam sensacionais, porém sem o fator novidade que caracterizou os primeiros trabalhos de Tony Jaa. Se na segunda parte o protagonista demonstra técnicas de diversos estilos (kung fu, kendô, jiu-jitsu, muay thai), no terceiro filme ele utiliza apenas o estilo da dança, o que achei decepcionante, apesar de estiloso. O roteiro é o mais confuso dos três, intercalando elementos espirituais com magia negra (personificada por Dan Chupong, o vilão do filme).
A luta final, com o confronto das duas maiores estrelas do cinema de ação tailandês, Dan Chupong e Tony Jaa, poderia ter rendido mais (será que nosso grau de exigência está alto demais?)... Além disso, Tony Jaa viaja na maionese em uma sequência absurda de retrocesso no tempo. Confesso que não entendi nada. Mas como eu vivo dizendo, para quem gosta de filme de artes marciais, o que menos importa é a história. Se você pensa assim, ignore o enredo e curta as lutas brutais que são características de Tony Jaa.