quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Análise: IP MAN 2

Donnie Yen é um dos maiores astros de ação da Ásia, mas não é muito conhecido por aqui. Uma pena, pois dos três maiores (Yen, Jackie Chan e Jet Li), Donnie é o único que não fez concessões ao mercado internacional, mantendo a qualidade dos seus filmes. Além disso, continua surpreendendo por sua ótima performance física, mesmo sendo quarentão (seus trabalhos em SPL (Comando Final) e Flashpoint foram muito elogiadas pelos fãs).
Seus últimos trabalhos foram interpretando o lendário mestre Ip Man, simplesmente o homem que ensinou Bruce Lee a lutar! O primeiro filme foi lançado em DVD por aqui há uns 2 meses e foi comentado em um post recente do blog. Agora vou comentar a segunda parte (ainda sem previsão de lançamento em DVD).
Após a fuga de Fonshan, Ip Man (Donnie Yen) se estabelece em Hong Kong com sua mulher grávida e seu filho pequeno. Diante da miséria em que se encontram, decide abrir uma escola de Wing Chun. O início é muito difícil, mas o número de alunos aumenta rapidamente.

A primeira parte do filme trata dos problemas de mestre Ip em manter sua escola, pois existe um esquema de corrupção entre as escolas de kung fu da cidade e do governo inglês. A associação das escolas é chefiada pelo mestre de Hung Gar. Nesse momento o filme cresce com a presença de Sammo Hung no papel do mestre. No melhor momento do filme, Ip Man é obrigado a lutar com todos os mestre da cidade em cima de uma mesa redonda, e claro que a última treta é com Sammo Hung! A disputa termina empatada e com a rivalidade entre os dois estabelecida.


A disputa entre Sammo e Donnie fica em segundo plano na segunda metade do filme, em que volta o tema recorrente do primeiro filme e de toda a filmografia marcial chinesa, a luta dos chineses contra os opressores estrangeiros (aqui os ingleses substituem os japoneses). Um boxeador inglês humilha os chineses desafiando qualquer um a vencê-lo. Depois de trucidar vários chineses (incluindo Sammo), ele aceita o desafio de mestre Ip. O clímax é a luta entre os dois, uma repetição do final do primeiro filme. A diferença é que aqui ele apanha mais (hehehe), o que não deixa de ser estranho, já que o lutador japonês do filme anterior parece superior ao boxeador.
Como o fato de ele ter sido mestre de Bruce Lee é o chamariz do filme, ele não poderia encerrar sem uma citação a isso. Vemos um Bruce Lee muito jovem querendo ser aluno de Ip Man. Como ele só tem 10 anos, o mestre manda ele voltar depois de alguns anos, hehehe.
O filme é levemente inferior ao primeiro, mas continua diversão de alto nível!

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