terça-feira, 29 de novembro de 2011

Onari Blog Recomenda: DAYTRIPPER







Ao coletar informações pela net para o artigo sobre a San Diego Comic Con que aconteceu em julho, tive uma grata surpresa ao saber que uma dupla de brasileiros ganhou o cobiçado Weisner Awards, considerado o "Oscar" dos quadrinhos. O prêmio, anunciado durante o evento, agraciou Fábio Moon e Gabriel Bá (irmãos gêmeos paulistanos) na categoria "melhor minissérie" pela espetacular DAYTRIPPER, lançada aqui em Setembro pela Panini. Acabei de lê-la, e posso declarar que o prêmio foi merecido.






DAYTRIPPER (nome de uma música dos Beatles) é a história de Brás de Oliva Domingos (o nome do protagonista, por sua vez, é uma referência ao protagonista do romance "Memórias Póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis). Filho de um famoso escritor, Brás leva uma angustiante e monótona rotina como escritor de obituários, preso sob a sombra do pai e sonhando com uma carreira bem-sucedida de escritor. Ou seja, uma vida que, profissionalmente, não está chegando a lugar nenhum. Será?






A obra lança uma instigante questão na contra-capa do livro: Quais são os dias mais importantes da sua vida? Assim, acompanhamos diferentes momentos na vida de Brás (o primeiro beijo, o primeiro amor, o amor da sua vida, a viagem com seu melhor amigo, o nascimento do filho, o sucesso como escritor), sempre interrompidos por um destino trágico, mostrando diferentes possibilidades de uma vida, e, principalmente, as pessoas que passam por ela e fazem de nós o que somos...






Sem apelar para super-poderes, alienígenas, guerreiros ou monstros, Fábio Moon e Gabriel Bá fizeram a obra em quadrinhos mais instigante dos últimos tempos. Quantas histórias em quadrinhos fazem você pensar, suspirar, e , principalmente, se emocionar? Com uma narrativa primorosa e arte deslumbrante (que lembra um pouco o traço do genial mestre Will Weisner), DAYTRIPPER é visceral, emocional, contundente e tocante como poucas obras conseguem ser.

Tentei dar o mínimo de informações, porque o melhor é apreciar a obra sem saber muita coisa sobre ela. Se você é amante da arte sequencial, você não vai se arrepender....

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