O filme conta a história de Tai, que acaba de ser libertado da prisão. Assim que sai, fica sabendo que seu irmão gêmeo, Tan, está seriamente ferido no hospital, em coma, há quase 1 ano. Aparentemente, ele esteve envolvido em um violento esporte chamado fireball, mistura de luta e basquete, bancado por perigosas gangues. Passando-se por Tan, ele decide entrar no campeonato para descobrir quem atacou o seu irmão.
Fireball se destaca em vários aspectos. O esporte em si é muito interessante, misturando basquete com muay thai! Uma mistura aparentemente bizarra, mas que acaba gerando as sequências de luta mais brutais dos últimos tempos. As coreografias não são tão acrobáticas e mirabolantes quanto as protagonizadas por Tony Jaa e Dan Chupong, mas são violentíssimas (talvez até mais)! Os combates são tão brutais que não dá pra entender como alguém pode querer encarar esse esporte, hehehe. Tem até uma interessante cena de "treinamento" que parece até aquele esporte francês, o parkour, com os jogadores pulando de sacada em sacada, escalando cercas e muros dentro de um prédio/cortiço, atrás de uma bola.
Outra coisa curiosa é a preocupação de desenvolver o caráter humano dos personagens, em especial a equipe de Tai/Tan: cada um tem uma história, uma motivação para encarar o mortal esporte. Além do protagonista querendo vingar o irmão, temos um jovem lutador querendo provar seu valor e esquecer seu emprego chato, outro que quer apenas juntar dinheiro e comprar uma casa para a mãe, e outro (negro!) que precisa arrumar sua vida com a namorada que está grávida. Até o chefe/treinador da equipe, aparentemente sem escrúpulos, mostra sentimentos a certa altura do filme. É claro que não podemos esperar interpretações dignas de Oscar (hehehe), afinal é um filme de porrada! Mas comparando com os personagens de Tony Jaa, que têm a profndidade de um pires, já é um avanço.
O clímax do filme, claro, é a final do campeonato. É lógico que a equipe do protagonista vai enfrentar a equipe do quase assassino de seu irmão no combate final (esse sim com a profundidade de um pires, hehehe), e a luta é muito, mas muito violenta. Já o epílogo é bem estranho, parece uma deixa para uma continuação, mas, por algum motivo, parece um filme totalmente diferente. Só vendo pra entender. Mas isso não estraga um filme que me impressionou pela vitalidade, brutalidade e criatividade. Não chega a ser um Ong Bak ou O Protetor, mas chega perto. Claro que gosto é gosto, mas podem conferir sem medo.